Nelson Pelegrino não foi nem mandou representante à convenção do PCdoB 18 de junho de 2012 | 06:41

EXCLUSIVO: Ausência de PT em convenção de Alice indica que jogo deve mudar com aliados a partir de agora

salvador

Diferentemente do que fez no encontro oficial em que o PCdoB apresentou pela primeira vez o nome da deputada federal Alice Portugal à Prefeitura de Salvador, no início do ano, o PT não foi nem mandou representante hoje à convenção em que os comunistas homologaram a candidatura dela à sucessão municipal.

O sinal enviado é claro: os petistas podem até respeitar o direito de o PCdoB lançar nome próprio à sucessão de João Henrique (PP), fazendo o maior dos alaridos com a iniciativa, mas não estão nem um pouco dispostos a azeitar a empada do partido aliado sob qualquer circunstância.

A partir de agora, como antecipa um petista ao Política Livre, será “dente por dente e olho por olho” na relação com os que se mostrem “rebeldes” como os comunistas.  Ele afirma que, até aqui, o governo estadual petista, onde o PCdoB conseguiu abocanhar e mantém bons nacos de poder, se mantinha distante da querela.

O caso muda, entretanto, com o avanço do sinal pelo partido, que oficializa uma nova candidatura, alternativa à do deputado federal Nelson Pelegrino (PT), no campo do governismo. Não está errado, diz a mesma fonte ao Política Livre, quem imagina que cabeças comunistas podem rolar para novos ajustes e acomodações entre legendas auxiliares que se mostram mais leais, a exemplo do PP.

Apesar da depressão em que teria mergulhado o também deputado federal João Leão, desde que seu nome foi retirado da folha de candidatos do partido, o PP se antecipou, correu junto e tratou de mostrar que está até debaixo d´água com Pelegrino, antes que a aventura de seu ex-pré-candidato saísse de controle.

Assim, acabou dando a medida do que o governo estadual espera como padrão de comportamento de seus aliados. Pior para aqueles que não estão dispostos a seguir o script da fidelidade total.

Raul Monteiro
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