Foto: Thiago Ferreira/ Política Livre
Carlismo gera desconforto em reunião de democratas e tucanos 18 de maio de 2012 | 17:32

Menção ao carlismo gera desconforto em anúncio de apoio do PSDB a ACM Neto

salvador

Um momento de desconforto foi gerado hoje na reunião da sede do PSDB em Salvador. Um dos jornalistas presentes questionou se a candidatura do deputado federal ACM Neto representa o renascimento do carlismo. O primeiro a responder foi o presidente estadual do DEM, José Carlos Aleluia, que citou o fato de ter divergido do ex-senador e de nunca ter sido carlista, apesar de defender que ACM indicava “técnicos” para os cargos e que as pessoas querem que essa forma de administração retorne. “Eu fui diretor de Antônio Carlos, sem que ele me conhecesse”, afirmou.

O ex-deputado Heraldo Rocha (DEM) disse que as pessoas sentem falta da autoridade do ex-senador baiano. O presidente estadual do PSDB, Sérgio Passos, disse que o carlismo acabou. O mesmo foi dito pelo ex-deputado federal e vice-presidente nacional dos tucanos, João Almeida. “O carlismo passou. Já era. Já passou. Sem ele, não tem como voltar a existir”, disse o dirigente tucano. O PSDB foi da oposição ao carlismo e ao PFL, tendo se unido pela primeira vez aos democratas, no Estado, em 2010.

Foi então a vez do ex-deputado estadual Carlos Gaban (DEM) pedir a palavra e dizer que falaria como carlista. Após criticar o governo Jaques Wagner (PT), Gaban afirmou que as pessoas querem que renasça o “carlismo do trabalho”. “Se renascer o carlismo for colocar a Bahia no caminho certo; ver a Bahia se desenvolvendo, a gente quer que o carlismo renasça”, sendo aplaudido por pessoas que foram levadas pelo DEM para a reunião. Depois dos aplausos, Almeida voltou a dizer que isso não renasce e foi completado por uma ironia de Aleluia ao PT: “Seria como renascer o PT combativo que ia para as portas de escola apoiar a greve do professores, que financiou a greve dos policiais”.

Thiago Ferreira
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