Tatiana Paraíso 09 de maio de 2012 | 06:40

EXCLUSIVO: Tatiana defende candidatura de Leão e confirma que não nasceu para coadjuvante

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Aos poucos, a nova primeira-dama do município, Tatiana Paraíso, vai mostrando que não nasceu para coadjuvante. Em entrevista agora à noite a uma rádio local, Tatiana declarou que seu candidato a prefeito é o deputado federal João Leão, nome do partido de seu marido, o prefeito João Henrique, à sucessão municipal.

Antes, a primeira-dama fez questão de observar que não sabia qual era a preferência do prefeito, situação em que se enquadram, independentemente da intimidade, 100% dos que convivem com ele, apesar de muito recentemente João Henrique ter defendido o apoio de seus auxiliares ao candidato do PP.

Embora o casamento seja o responsável pela emergência pública de Tatiana, sua convivência com o ambiente político remonta à infância. Por causa das relações de sua família, em especial do pai, o delegado Tito Paraíso, com o empresário e ex-deputado federal Pedro Irujo e sua mulher, Irene, já falecida, ela cresceu no mundo do poder.

Irujo foi durante anos dono da TV Itapoan e deu ajuda significativa à campanha de Waldir Pires ao governo em 1986, ano em que elegeu o filho, Luis Pedro, deputado estadual, até envolver-se diretamente na política, elegendo-se deputado federal e candidatando-se anos depois à Prefeitura de Salvador.

Tatiana namorou e casou-se com João Henrique num flash, por ele chegou rapidamente à condição de secretária municipal de Saúde, está montando seu próprio grupo na Prefeitura e é apontada como a principal responsável pela insatisfação do secretário municipal da Fazenda, Joaquim Bahia, contida, por enquanto, por João Henrique.

No conjunto, a incipiente e meteórica obra da primeira-dama suscita a suspeita de que ela maneja bem os atributos de um vigoroso animal político e inspira o vaticínio de que se o mandato de João Henrique estivesse começando, ao invés de acabando, sua influência sobre o governo e ele só tenderiam a aumentar.

A sorte é que, como trata-se de futuro, embora a história tenha um certo aspecto de Deja vú, nada assegura que precisaria ter o mesmo fim.

Raul Monteiro
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