16 de maio de 2012 | 19:00

Defesa de Cachoeira ‘visita’ a sala-cofre da CPI

brasil

Numa fase em que os vazamentos dos grampos permitiram a todos ouvir tudo o que houve, a defesa de Carlinhos Cachoeira simula desconhecer o que, já fartamento ouvido, não pode mais ser olvidado. Na tarde desta quarta, um representante da equipe de Márcio Thomaz Bastos, o advogado Augusto de Arruda Botelho, cruzou os umbrais da sala-cofre da CPI do Cachoeira, onde estão guardados os dados colecionados pela Polícia Federal.

Outros doutores estão a caminho, informou Augusto Botelho. Com isso, ficou prejudicada a liminar do ministro Celso do Mello, do STF, que suspendera o depoimento de Cachoeira à CPI por cerceamento ao trabalho da defesa. A inquirição foi remarcada para a próxima terça. Sob a alegação de que o tempo é curto, Augusto Borelho deixa no ar a posibilidade de os advogados de Cachoeira solicitarem novo adiamento.

O líder tucano Alvaro Dias ironize: “Pode ter certeza de que os advogados do Cachoeira têm muito mais documentos do que nós em nossa sala secreta. E o que temos é falho. Há pastas em branco, arquivos corrompidos, que não abrem. [A reclamação no STF] foi um pretexto para protelar o depoimento do Cachoeira.” O diabo é que, ao final dessa fase de vai-não-vai, Cachoeira não dirá coisa alguma aos congressistas. Aos acusados, como se sabe, é dado o direito de silenciar e até mentir para não produzir provas contra si mesmo.

Blog do Josias
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