Foto: Manu Dias/SECOM
Governador Jaques Wagner 10 de abril de 2012 | 12:10

Depois de declarações de ministra, assessores de JH acham que Wagner trabalha contra metrô

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Assessores de João Henrique (PP) que defendem a candidatura de João Leão (PP) a prefeito de Salvador ficaram enfurecidos com o anúncio da ministra Míriam Belchior (Planejamento) de que o governo federal preferiria que o primeiro tramo do metrô, cuja construção é comandada pela Prefeitura, passe a operar apenas depois da conclusão do metrô da Paralela, sob o controle do governo estadual, ou seja, quando o progressista já não for mais prefeito da capital baiana.

Acham que as declarações ao jornal A Tarde de Belchior, em passagem relâmpago pela Bahia, teriam sido fruto de uma manobra urdida pelo governador Jaques Wagner (PT), interessado, segundo eles, em evitar que o funcionamento do metrô ligando a Lapa à Rótula do Abacaxi possa beneficiar a campanha de Leão à Prefeitura. A reforçar a tese, a informação de que Wagner teria feito questão de excluir Leão de uma conversa que teve com a ministra durante a viagem dela pelo interior da Bahia.

Tudo pode não passar de paranóia desvairada de quem vê o tempo passar sem a perspectiva de funcionamento do primeiro trecho do metrô de Salvador, nem dos eventuais dividendos eleitorais que poderão surgir do novo sistema de transportes, mas a informação bate direitinho com queixa recente que João Henrique teria feito numa reunião reservada com o secretariado municipal, na qual, segundo ouvidos atentos, insinuou que faz “tudo, tudo, tudo, tudo” pelo funcionamento do metrô, “apesar” dos governos federal e estadual.

Raul Monteiro
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