25 abril 2024
A Europa demonstrou preocupação nesta segunda-feira ante o avanço da extrema-direita francesa, que registrou um resultado histórico na primeira volta das eleições presidenciais, confirmando assim uma tendência de vários países da região neste período de crise. Para a chanceler alemã, Angela Merkel, “o avanço da Frente Nacional (FN) francesa, que mantém uma atividade muito eurocética, é preocupante”, conforme anunciou um porta-voz do governo em Berlim. Em Luxemburgo, onde se celebrava uma reunião de ministros europeus de Relações Exteriores, os comentários foram fartos. O responsável pela diplomacia de Luxemburgo, Jean Asselborn, acusou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, de ser em parte responsável pelo êxito do FN, por sua decisão de fazer campanha sobre as fronteiras europeias, sobre o controle da imigração ou sobre as preferências dadas às empresas europeias. Repete-se todos os dias que é preciso mudar o Acordo de Schengen (acordo europeu sobre circulação de pessoas e mercadorias), que é preciso ter uma política de imigração forte (…) isso significa alimentar a FN”, disse Asselborn, que é socialista. (Terra)