05 de março de 2012 | 09:33

‘João Henrique é uma fraude. O que ele diz em pé não repete sentado’, diz Jutahy

salvador

Em entrevista à Rádio Metrópole, o deputado federal Jutahy Magalhães Júnior (PSDB) comentou temas sobre a eleição de Serra em São Paulo, a oposição ao PT e os planos do partido para as eleições municipais em Salvador. Ao falar sobre a administração do prefeito João Henrique (PP) o tucano foi taxativo.

“João Henrique é uma fraude. Essa é a mais desastrosa administração que a cidade de Salvador já teve. As decisões equivocadas que ele tomou durante os dois mandatos vão perdurar por muitos anos. Vamos ter consequências no uso do solo urbano, no desenvolvimento, no turismo. Um exemplo disso foi o carnaval. O carnaval do Rio de Janeiro foi um sucesso. Nós temos que ter uma visão estratégica para os nossos carnavais futuros, porque senão as pessoas que vinham para cá vão deixar de vir à Salvador e ir para o Rio. E o que o prefeito fez além de ficar pulando na pipoca? Nada”.

Ao ser questionado por Mário Kertész sobre o apoio do partido para eleger João Henrique prefeito no primeiro mandato e os motivos do futuro rompimento, Jutahy explicou. “Em 2005 nós tínhamos uma pesquisa onde João Henrique ganharia como governador. Porque ele simbolizava a oposição ao Carlismo. Eu dei a pesquisa a ele e sabe o que ele fez? Levou para Antônio Carlos Magalhães, na TV Bahia. Ele negociou a informação. O que JH diz em pé ele não repete sentado.”

O deputado comentou ainda o fisiologismo na prefeitura municipal e as constantes mudanças de posicionamento do prefeito. “Quem salvou João Henrique quando ele estava inviabilizado foi o PMDB. Geddel, como ministro, administrou as crises. Mas o segundo mandato dele é um desastre. João Henrique é o desastre do desastre. Não temos mais condições de saber quantos secretários já passaram por lá”, alfinetou.

O tucano também comentou o cenário político em Salvador para as eleições municipais deste ano. “Nós só temos chances com a oposição unida. Em 2008 nós vimos isso, tínhamos candidatos fortes, mas quando veio a máquina do governo nenhum deles teve chance. Acho imprescindível, para nós termos chance de vitória, a presença do PMDB da Bahia. Se nós fizermos uma aliança apenas DEM-PSDB corremos o risco de empurrar o PMDB de volta para o projeto nacional do PT, é um erro estratégico. Precisamos do PMDB”.

O deputado fez um comparativo entre as eleições em São Paulo e Salvador e falou sobre os apoios necessários para o próximo pleito. “Se em São Paulo vai ser uma eleição dura, imagine na Bahia. Será o PSDB, o PMDB e o DEM contra todos? Temos que conversar com todos os partidos e não adianta essa conversa mole de que tem que estar atrelado ao Governo Federal. Pra que mais apoio do Governo Estadual e Federal do que João Henrique teve? Se o PSDB tiver que apoiar o DEM nós vamos apoiar, mas precisamos do apoio do PMDB porque se não houver é um esforço gigantesco para reduzir nossa chance ao imponderável. Não pudemos ter três candidaturas. Se isso ocorrer, o que eu acho um erro, temos que fazer com que o PMDB não seja uma candidatura oposta a nossa. Acho que nós temos que conversar com todos”.

Ao final da entrevista, o radialista Mário Kertész, pré-candidato do PMDB, concordou com o deputado. “Eu acho que a gente precisa sair unido, porque senão meu amigo… o resultado de 2012 será o mesmo de 2014”, finalizou. (Emerson Nunes)

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