11 de março de 2012 | 10:47

Antes tranquila, Stella Maris se torna paraíso de roubos e assaltos

salvador

Quase todos os dias de Verão, logo que o sol se esconde, uma brisa gostosa refresca Stella Maris. Seria o momento ideal para passear na orla, caminhar com o cachorrinho ou namorar à beira-mar. Seria. A verdade é que, às 18h, não há um pé de pessoa na maioria das ruas de um dos bairros mais encantadores de Salvador, onde morar um dia já foi um eterno veraneio. Tido como lugar de classe média alta, com um dos IPTUs mais caros da capital, Stella Maris hoje vive entre a brisa e o medo. Paradisíaca por natureza, insegura por incompetência do poder público, os inúmeros casos de violência em Stella mostram que o assalto que terminou na morte da estudante amazonense Natália Penhalosa Duarte, 19, na terça-feira, não é exceção. Quase todos os moradores e comerciantes de Stella têm uma história de assalto, furto, arrombamento ou até sequestro para contar. A dona de casa Ana Ferreira, 38, foi sequestrada por volta das 16h quando saía da casa de uma amiga, nos arredores da nova praça de Stella Maris, onde ela prefere não indicar com precisão. “Entrei no carro e três marginais armados me obrigaram a destravar as portas. Me levaram até a invasão Planeta dos Macacos. Só me deixaram ir depois que implorei dizendo que tinha três filhos. Eles usaram meu carro para dar fim no corpo de um rapaz que tinham matado”, relatou. Três meses depois, Ana foi assaltada na praia de Stella Maris. “Foi logo pela manhã. Levaram corrente e dinheiro”. Leia mais no iBahia.

Alexandre Lyrio e Florence Perez, Correio
Comentários