17 de fevereiro de 2012 | 19:30

Gabrielli deixa legado de encrencas para Foster

brasil

Maria das Graças Foster, a ‘Graciosa’ que Dilma Rousseff guindou à presidência da Petrobras, herdou do antecessor José Sergio Gabrielli uma jazida de problemas. Parte da encrenca é conhecida –combina lucros declinantes e erosão no valor de mercado da companhia. Outra parte, mantida nos subterrâneos, envolve atos de contornos tóxicos.

O repórter Hudson Corrêa enfiou uma sonda na camada obscura do legado administrativo de Gabrielli. Içou à superfície um par de casos reveladores. Os dois fazem escala na Bahia. Ambos roçam as arcas do PT baiano. Por mal dos pecados, Gabrielli está na bica de assumir uma secretaria do governo petista do companheiro Jaques Wagner.

O primeiro caso prospectado pelo repórter passa pelo setor de Comunicação da estatal petroleira. Em abril de 2009, foi demitido por justa causa o personagem que geria o departamento, Geovane de Morais. Por quê? Descobriu-se que, no ano da graça (sem trocadilho) de 2008, ele gastara além do razoável. Dispunha de orçamento generoso: R$ 31 milhões. Torrara muito mais: R$ 151 milhões.

Parte da verba foi borrifada nas caixas registradoras de duas produtoras de vídeo baianas. Hummm!?! As empresas haviam prestado serviços à vitoriosa campanha de Jaques Wagner ao governo da Bahia, em 2006. Trabalharam também para duas prefeituras de municípios baianos geridos por petistas. Não é só.

Decorridos quase três anos da “demissão” de Geovani de Morais, ele ainda não foi ao olho da rua. Permanece na folha da Petrobras. Recebe o salário regularmente. Uma parte é bancada pela estatal. Outro naco vem da Previdência Social, na forma de auxílio-doença. Sim, isso mesmo, alega-se que o “demitido” está doente.

Leia mais no Blog do Josias.

Josias de Souza
Comentários