26 de fevereiro de 2012 | 10:22

Excesso de dívida privada ameaça Europa

economia

Os olhos do mundo estão voltados para o tamanho da dívida pública da Grécia e o impacto de um calote na economia global, mas a crise na Europa guarda um problema de efeito igualmente explosivo: um montante ainda maior de dívida privada, das empresas e das famílias.

Dívidas tão grandes ameaçam o crescimento econômico: com a recessão à espreita na Europa, a continuidade do cenário por um longo período parece ser a única concordância entre economistas.

A boa notícia é que os países emergentes, Brasil incluído, estão numa posição mais confortável. A má notícia: nenhum país está imune na economia globalizada.

Quinze dos 27 países da União Europeia (UE) têm dívidas privadas (sem contar as instituições financeiras) superiores ao limite de 160% do PIB (Produto Interno Bruto, conjunto de produtos e serviços produzidos num país), considerado seguro pela Comissão Europeia, braço executivo da UE.

São dados da Eurostat, agência de estatística da UE, divulgados neste mês numa compilação para um painel criado em novembro, cujo objetivo é analisar potenciais desequilíbrios econômicos.

Na Irlanda, a dívida privada representa 341% do PIB. Contudo, o quadro sombrio não se resume à periferia da Europa. O clube dos campeões de dívida privada também é frequentado por Dinamarca, Reino Unido e Holanda, os dois primeiros fora do euro.

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Vinicius Neder, O Globo
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