03 de fevereiro de 2012 | 08:22

Brasil impõe condições ao México para manter pacto

economia

O fraco desempenho das exportações levou o governo a elevar o tom nas negociações com o México para ampliação de um acordo comercial. Nos bastidores, auxiliares da presidente Dilma Rousseff chegam a ameaçar o país com o rompimento do tratado automotivo, em vigor desde 2002, como revelou a colunista Sonia Racy, em seu blog, no portal estadão.com, na terça-feira. O principal motivo para a impaciência dos negociadores brasileiros é a relutância do governo mexicano em permitir maior acesso a seu mercado. Desde 2009, o Brasil negocia um amplo acordo com o México, que abrange comércio, investimentos, serviços e compras governamentais. “A lógica é que as duas maiores economias da região tem de se integrar”, disse o consultor Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento. O chanceler Antonio Patriota abordou o tema com a colega mexicana Patricia Espinosa por duas vezes recentemente: durante a visita dela ao Brasil, em dezembro, e na semana passada quando se encontraram no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. Patriota defende o diálogo, mas sua posição esbarra na visão do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que prefere ações mais duras, como a suspensão do acordo automotivo, para pressionar os mexicanos. (Estadão)

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