Posicionamento da OAB e do procurador Rômulo Andrade reforçaram defesa da lisura do pleito no TJ 25 de janeiro de 2012 | 16:18

Decisão de TJ favorável a Sara Brito impõe nova e significativa derrota a grupo de Cintra

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A decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, hoje, de validar a eleição em que Sara Brito derrotou a colega Dayse Lago por um voto de diferença para a vaga de desembargadora do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na semana passada, representou uma segunda e ainda mais fragorosa derrota do grupo do desembargador Carlos Alberto Dultra Cintra, padrinho da candidata perdedora, que esperneou de forma feia ante a decisão livre dos colegas da Corte.

Desde o início, este Política Livre já assinalava que, ao recorrer contra a eleição, alegando fraude, apesar de curiosamente não ter impugnado o pleito no momento da apuração nem da proclamação do resultado, Lago demonstrava ser uma péssima perdedora, tomando uma atitude que desconsiderava o comportamento ético irretocável de sua adversária – e por isso sua enorme respeitabilidade pública -, e demonstrava seu desprezo pela instituição à qual as duas pertencem.

O resultado está aí: mais uma vitória para Sara Brito. Não custa destacar, entretanto, neste processo, o posicionamento do procurador do Ministério Público no Tribunal baiano, Rômulo Andrade, que, na sessão de julgamento, pediu a palavra e, invocando a condição de membro do Poder fiscal da lei e de observador do processo eleitoral na Corte, assegurou de modo veemente não ter visto sinais de fraude num sufrágio que acompanhou do princípio ao fim.

Seguramente, o discurso firme de Andrade, aliado às declarações à imprensa do presidente da OAB baiana, o advogado Saul Quadros, em defesa da lisura do pleito e da legitimidade da escolha de Sara como novo membro do TRE, tiveram influência decisiva no posicionamento dos desembargadores que decidiram hoje pela validade da eleição. Melhor assim, embora, dado o “nível” de irresignação de seus adversários, a situaçaõ não deixe de recomendar à vencedora o máximo de cautela a partir de agora.

Raul Monteiro
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