17 de junho de 2010 | 08:09

Jaleco Branco: Baianos serão julgados no STJ e em Salvador I

A ação penal de número 510 – através da qual o Ministério Público Federal (MPF) está denunciando 28 baianos, entre empresários e agentes públicos, por crimes como lavagem de dinheiro, tráfico de influência e fraudes em licitações – deu mais um passo na quarta-feira, 16, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Corte Especial do tribunal decidiu, acatando o pedido da ministra Eliana Calmon, relatora do inquérito, desmembrar a ação em três: uma delas permanece no STJ, as outras duas irão para a Segunda Vara da Justiça Federal, em Salvador.

A ação é resultado da Operação Jaleco Branco, da Polícia Federal, iniciada em 2005, que detectou a existência de uma suposta organização criminosa, a qual teria produzido um rombo de mais de R$ 600 milhões nos cofres públicos estaduais. Segundo a ministra Eliana Calmon, a denúncia do MPF soma 186 páginas, organizadas em três grossos volumes de autos. O desmembramento deverá agilizar as decisões, mas os documentos terão antes que retornar ao Ministério Público para novo parecer.

Com o desmembramento, serão processados e julgados no STJ o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Honorato de Castro Neto, os empresários Clemilton Andrade Rezende e Gabino de Moura Neto, Valtek Jorge Lima Silva (funcionário da empresa de Clemilton Rezende), Hélcio de Andrade Junior (diretor administrativo da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia à época dos fatos), Wedner Souza da Costa (então chefe de gabinete da Sesab) e Adolfo Viana de Castro (empresário e filho de Honorato). (A Tarde)

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