06 de novembro de 2008 | 10:49

MEC quer facilitar ingresso de outros profissionais no jornalismo

O Ministério da Educação (MEC) propôs alterações nas estruturas dos cursos de jornalismo para permitir que outros profissionais possam, em menos tempo, completar sua formação e atuar na área sem precisar cursar inteiramente uma faculdade de Comunicação. Uma comissão para estudar mudanças nas diretrizes curriculares da graduação deverá ser formada nos próximos dias. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, a idéia é permitir que, por exemplo, um economista formado possa fazer apenas as disciplinas mais importantes dos cursos de jornalismo para poder obter o diploma em, aproximadamete, dois anos. “O jornalismo é um bom caso para essas mudanças, mas não o único. Poderá abrir caminho para outros”, afirmou o ministro.

O ministro, no entanto, ressaltou que a sua pasta não vai entrar na discussão sobre a obrigatoriedade do diploma, que está sendo feita pelo Ministério do Trabalho, mas pretende fiscalizar com rigidez os cursos de comunicação. A área é a próxima a passar pelo processo de avaliação feito já em Direito, Medicina e Pedagogia. Nos próximos meses, os cursos com avaliações ruins serão visitados e terão que assinar termos de saneamento de deficiências com o MEC. “A comunicação tem uma conexão direta com a questão democrática, assim como o direito, a medicina e a pedagogia”, defendeu Haddad, afirmando que um bom jornalismo, como bons médicos, boas escolas e bons advogados, é parte fundamental da democracia. As informações são da Folha de S. Paulo.

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