20 de novembro de 2008 | 07:25

EXCLUSIVO: Wagner não vê problema em disputa na base por presidência da Assembléia

O governador Jaques Wagner (PT) disse ontem, ao desembarcar em Salvador, depois da viagem à Suécia, que avalia como positiva a possibilidade de haver duas candidaturas da base governista à presidência da Assembléia Legislativa – uma representada pelo atual presidente, deputado estadual Marcelo Nilo (PSDB), e outra pelo deputado peemedebista Arthur Maia. “Estou querendo reprogramar nossas cabeças. É porque a gente saiu de 16 anos de um governo em que não era dado o direito sequer da pergunta, quem dirá da divergência. Então o cidadão perguntava, no modelo anterior, quem é mais assim do modelo? É aquele que tinha a consciência que não tinha o direito de pensar. Eu não quero isso pra mim. Eu não acredito nisso. Eu derrotei isso e não derrotei para fazer igual”, criticou.

O governador lembrou que divergências existem até dentro de seu próprio partido e que não cabe a ele impor uma única opção: “A gente não pode começar a encarar como desrespeito e desacato o direito à opinião, o direito à divergência. Se Arthur Maia quer ser candidato, eu vou discutir com a minha base para ver quem é o melhor. O PT já disse que prefere Marcelo Nilo (PSDB), o PSDB igual. Estamos discutindo essa construção, agora eu não vou ficar abortando o direito das pessoas pretenderem”, argumentou. Wagner esclareceu que, quando escolheu Marcelo Nilo como seu candidato preferencial à presidência da Assembléia, em 2006, não houve qualquer acordo no sentido de Nilo não concorrer à reeleição ou de concorrer.

“Eu me comprometi com ele na eleição e disse a ele: ’sobre 2009 a gente discute em 2008. Eu não me comprometi e evidentemente ele chegou agora para mim: ‘Governador, está chegando o final do ano, eu queria lhe dizer da minha pretensão de me candidatar à reeleição, tem a objeção do senhor?’ Não, objeção não tem, mas por enquanto estamos construindo isso”, esclareceu. (Rafael Rodrigues)

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