20 de novembro de 2008 | 07:23

EXCLUSIVO: Wagner diz que PMDB fica no governo e descarta reforma administrativa “geral”

Por Rafael Rodrigues

Em entrevista coletiva concedida  ontem em sua chegada a Salvador, após viagem que fez à Suécia, o governador Jaques Wagner (PT) garantiu que trabalha pela manutenção da aliança com o PMDB para 2010. O governador minimizou o tensionamento entre o PT e PMDB, admitido pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, que, em artigo publicado no jornal A Tarde, colocou os cargos indicados por ele ao governo à disposição. Seguindo o discurso adotado pelo presidente do PT, Jonas Paulo, Wagner endossou que todos os cargos do governo do Estado estão, como sempre estiveram, à sua disposição, afinal “é o governador quem nomeia e tira”.

“Eu prefiro ler no artigo do ministro Geddel a frase que ele diz que se mantém apoiando o projeto que a gente construiu, independentemente dos cargos. Essa é a frase que está registrada pra mim”, afirmou o governador. Ele garantiu que o PMDB permanece com cargos no governo: “Não há nenhuma previsão de reforma. Aliás, não tem previsão de reforma geral, eu disse que todos estão sob observação do ponto de vista da gestão. A gestão política do meu governo quem faz sou eu. Eu, por enquanto, não tenho nenhuma pretensão de tirar ninguém da base aliada”, frisou. Ressaltando que “não brinca em serviço” e não irá “mandar jogador para o outro time”, o governador afirma priorizar a consolidação e o crescimento da base aliada.

“Por isso que quando eu tive aquele diálogo com o senador César Borges eu disse: ‘estando o PT e o PMDB juntos em 2010 é natural uma vaga do senado do PMDB. Imagino que, sendo do PMDB, é do ministro Geddel Vieira Lima, que é a liderança do PMDB. Isso pra mim é absolutamente natural. Se o ministro Geddel chegar em 2010 e entender ‘governador, valeu, obrigado, a nossa caminhada foi uma maravilha, mas eu quero fazer carreira solo’, tem tanta dupla sertaneja que se separa, tem tanto conjunto que se separa. Tem gente que se dá bem na carreira solo e tem quem não se dá bem”, afirmou. Questionado sobre a possibilidade de Geddel querer formar, em 2010, outra ‘dupla sertaneja’ com o deputado federal ACM Neto (DEM), Wagner disse: “Se for Geddel e Neto é uma opção deles, eu não posso segurar a mão de ninguém”.

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