02 de novembro de 2008 | 12:36

EXCLUSIVO: PMDB deve evitar envolver-se em disputa por Assembléia Legislativa

Colhendo os louros da vitória no Estado desde que conquistou a Prefeitura de Salvador e de pelo menos 113 outras cidades do interior, o PMDB deve evitar envolver-se diretamente na disputa pela presidência da Assembléia Legislativa, na qual já se lançaram, pelo partido, os deputados Arthur Maia e Luciano Simões.

De acordo com uma fonte peemedebista, o partido imagina que o governador Jaques Wagner (PT) deve usar todas as fichas para manter no cargo alguém de sua estrita confiança. Além disso, pelo menos por enquanto, o PMDB não pretende assumir qualquer batalha que ameace o título de grande vitorioso com que saiu destas eleições.

“Há uma forte tendência hoje no PMDB de a sucessão na Assembléia Legislativa ser encarada como uma batalha restrita aos deputados, em que a bancada deve buscar se resolver sozinha”, diz um deputado do partido com livre trânsito junto aos irmãos Vieira Lima (Geddel, o ministro da Integração Nacional, e Lúcio, o presidente do partido).

De acordo com o mesmo parlamentar, que já teria conversado com os dois parlamentares que postulam a vaga de presidente sobre o assunto, a postura do PMDB poderia ser diferente, no entanto, se o partido tivesse a certeza de que ganharia as eleições à presidência da Assembléia.

Confirmada, a estratégia do PMDB representará também um elemento surpresa nas avaliações que projetavam a disputa pelo Legislativo, considerado para o governador de plantão um cargo chave nas articulações que se desenrolarão com vistas à sua sucessão, como o próximo forte embate eleitoral entre  Wagner e Geddel.

Muito pelo contrário, demonstraria que pelo menos temporariamente o ministro estaria mais inclinado a permanecer comemorando os resultados da performance peemedebista nas eleições do que em continuar dando corda ao acirramento que eclodiu da beligerante disputa entre PMDB e PT em Salvador.

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