22 de agosto de 2008 | 18:49

EXCLUSIVO: PT vai apelar para que Wagner entre imediatamente na propaganda de Pinheiro

O PT prepara uma ofensiva contra a iniciativa de partidos aliados de usarem a imagem do governador Jaques Wagner e do presidente Lula no horário eleitoral de seus candidatos a prefeito em Salvador. A idéia é apelar a Jaques Wagner para que entre imediatamente no horário eleitoral do candidato do PT, Walter Pinheiro.

Apesar de considerar que o uso da imagem do governador por candidatos não-petistas não tem tido maiores repercussões no eleitorado, o PT acha que uma vinculação maior entre Pinheiro e Wagner no horário eleitoral seria importante para desfazer a “confusão” que o uso de sua imagem por aliados causa naturalmente entre eleitores.

“O PT quer tratar os aliados de forma parceira, mas na medida que tentam diminuir nossos espaços tem que haver posicionamento”, afirma ao Política Livre o presidente estadual do partido, Jonas Paulo. A “confusão” seria causada principalmente pelo uso de imagens e discursos feitos por Wagner nas convenções do PSDB e do PMDB.

No evento tucano, Wagner disse que a vitória de Antonio Imbassahy o alegraria, o que foi veiculado no programa do candidato do PSDB. Na convenção do PMDB, o governador também falou bem do prefeito João Henrique, permitindo que o partido usasse sua imagem e discurso no horário eleitoral. Segundo Jonas Paulo, o PT adotou o seguinte entendimento:

Candidatos da base podem usar imagens institucionais do governador e do presidente, mas não devem afirmar que têm o apoio dos governantes do PT, sob pena de fomentarem “fraude política e trucagem”. Neste momento, o PT só precisa convencer o governador a participar do programa do candidato Walter Pinheiro.

Segundo Jonas Paulo, o presidente Lula já teria acertado participação no programa do petista e todos os ministros do partido também já teriam gravado mensagens para veiculação no horário do candidato. Neste caso, trata-se de uma resposta do partido ao fato de o PMDB ter veiculado na propaganda do prefeito João Henrique que ele tinha o apoio de nove ministros.

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