07 de maio de 2008 | 20:10

EXCLUSIVO: Pré-campanha faz Lula ser disputado a tapa em visita à Bahia nesta sexta-feira

A presença do presidente Lula na Bahia nesta sexta-feira para assinar obras do PAC está causando o maior rebuliço entre petistas e correligionários que, em tempos pré-eleitorais, querem faturar com sua popularidade e os anúncios programados na capital e interior.

Para desespero da segurança e do cerimonial que acompanham o presidente, todos os pedidos de autoridades municipais, estaduais e nacionais que desejam ficar próximas a Lula estão sendo considerados prioritários e não foram até agora hierarquizados.

“À exceção do governador Jaques Wagner, que tem lugar garantido e de destaque ao lado de Lula, por ser amigo pessoal dele e a figura de maior importância política no Estado, está todo mundo desesperado com esta ida de Lula à Bahia”, admite fonte do governo.

Em Salvador, por exemplo, o presidente será disputado por quatro pré-candidatos a prefeito de seu partido – Walter Pinheiro, Nelson Pelegrino, J. Carlos e Luis Alberto – e um agregado, o prefeito João Henrique (PMDB), cujos aliados defendem que “cole” no presidente.

“Vai ser um salve-se quem puder. Isto, se não tiver briga”, avalia um petista importante, que já se organizou para participar apenas de um provavel jantar que o governador oferecerá ao presidente no Palácio de Ondina, na quinta-feira à noite, dia de sua chegada.

No interior, uma medida do clima de ciúme que se estabeleceu em torno da vinda de Lula foi dada pelas notícias de que o presidente teria mudado sua visita de Itabuna para Ilhéus, por conta de uma disputa ferrenha entre PMDB e PT pela Prefeitura itabunense.

O cerimonial do presidente informou, entretanto, que a mudança foi decorrente do horário de chegada previsto na Ceplac, considerado perigoso para um pouso de helicóptero. As justificativas não contentaram as rádios locais, que se empenharam em divulgar apenas a primeira versão.

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