03 de maio de 2008 | 13:24

Crise no PSB: Mascarenhas encontra defensores no partido

Aliados do presidente estadual do PSB, Paulo Mascarenhas, contestam a tese de que ele teria recebido uma “mãozinha” do prefeito João Henrique e do PMDB para fazer frente à liderança de Lídice da Mata no partido. Para eles, se a ajuda tivesse sido prestada, Mascarenhas teria feito não a maioria, mas a totalidade dos delegados à convenção estadual que escolherá o novo presidente estadual dos socialistas.

“Nós não ganhamos. Eles (o grupo de Lídice) é que perderam. Se o PMDB tivesse se envolvido na disputa interna do PSB nós teríamos tido um resultado mais expressivo no Congresso extraordinário que elegeu os delegados”, diz uma liderança do PSB que uniu-se ao presidente municipal do partido na disputa pela eleição dos delegados com o objetivo de tirar o partido “da camisa de força que Lídice teria lhe vestido”.

A mesma fonte diz ter quase certeza de que são maiores as chances de Mascarenhas estar insurgindo-se contra Lídice por questões pessoais do que com objetivos políticos. “Quem já foi liderado de Lídice e Leonelli sabe que eles têm um sistema quase ditadorial de liderança, motivo até de comparações constantes entre ela e ACM. Esse rapaz (Mascarenhas) deve ter comido o pão que o diabo amassou na mão dos dois”, acrescenta.

Para ilustrar o perfil da dupla, a mesma fonte refere-se a episódio recente, posterior ao rompimento do PSB com a Prefeitura e ao anúncio da saída de Mascarenhas da secretaria municipal de Emprego, em que a mulher dele teria sido demitida da secretaria estadual de Turismo, comandada por Leonelli, segundo noticiou a coluna Raio Laser, da Tribuna da Bahia. Na época, o fato foi imediatamente negado por Mascarenhas.

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