11 de novembro de 2007 | 18:44

PCdoB lança Olívia Santana à Prefeitura e desafio ao PMDB

O PCdoB não vai ceder às pressões do PMDB para deixar a administração municipal devido ao fato de ter lançado a vereadora Olívia Santana à Prefeitura de Salvador, conforme decisão tomada este final de semana em sua Conferência estadual.

O partido avalia que é melhor ser “posto para fora” do governo e criar mais um fato político contra João Henrique (PMDB) do que entregar os cargos na Prefeitura em obediência ao princípio de que só pode ficar no governo quem assumir publicamente o apoio ao prefeito.

“Vivemos um momento republicano na política baiana onde todas as forças políticas que lutaram contra ACM estão unidas. Tirar o PCdoB da Prefeitura será um ato de autoritarismo que marcará nossa nova história”, adverte o deputado estadual comunista Edson Pimenta.

Segundo ele, o novo momento permite que os partidos aliados disputem o primeiro turno de forma independente na expectativa de se encontrar no segundo. “Tirar a secretaria (de Educação) que faz o trabalho que faz será um ato de autoritarismo e arrogância”, completa.

Irritado com a admoestação do secretário municipal Gilmar Santiago (Governo), feita na Conferência do partido, no sábado, de que o PCdoB não deveria “cuspir no prato que comeu”, o deputado comunista Alvaro Gomes disse que um partido com uma história de 85 anos de lutas como o PCdoB não aceita “interferências”.

“Sairemos (da Secretaria de Educação) no momento oportuno, que não consideramos ser agora. O que não admitimos é que haja patrulhamento nem pressões externas”, completou, acrescentando que a legenda não admite ingerências em sua tática eleitoral.

Este final de semana, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), que havia advertido o PCdoB quanto à exigência de abrir mão dos cargos que ocupa na Prefeitura se lançasse candidato à sucessão municipal, disse que a decisão de excluir o partido da administração é exclusiva do prefeito João Henrique.

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