29 de novembro de 2007 | 11:36

Há um mês, Wagner anunciou que Fonte Nova sofreu reforma, diz Informe JB

A tragédia da Fonte Nova é uma prova lamentável de que o governador Jaques Wagner (PT) insiste em desconsiderar que o desastre trouxe combustível suficiente para implodir sua imagem junto com o estádio, se permanecer jogando no time dos seus auxiliares.

Na abertura da coluna de hoje do Informe JB, republicada aqui pelo Correio da Bahia, sob o título “Um governador em apuros”, reproduz-se trecho de uma fala do governador que é estarrecedor.

Diz a coluna do Jornal do Brasil que no programa “Conversa com o governador” do dia 30 de outubro Wagner anunciou que reformou a Fonte Nova com R$ 3,5 milhões. A fala do governador na data:

“Eu acho que esses baianos merecem esse presente. Nunca houve uma eliminatória da Copa do Mundo da Seleção Brasileira em Salvador, no Estádio Fonte Nova. Nós estamos investindo R$3,5 milhões. Já reformamos a Fonte Nova. Ela só podia ser ocupada em 25%, hoje já tem 100% de ocupação. Hoje nós estamos fazendo a revisão dos vestiários, banheiros e tribuna de honra, portanto até o ano que vem, 2008, não tem nenhuma dúvida que o estádio está preparado para uma eliminatória. Tenho convicção que a gente vai conseguir. Eu quero dar esse presente para o povo baiano, que tem uma torcida tão apaixonada pelo futebol, trazendo um jogo da Seleção Brasileira pelas eliminatórias aqui para a Fonte Nova”.

A coluna conclui a nota com algumas insinuações sobre o que poderia ter levado o governador a dar as declarações. Este blog prefere acreditar que Wagner foi induzido a erro. Basta lembrar de entrevistas de auxiliares dele que se seguiram à tragédia.

No programa Jornal da Manhã, da TV Bahia, de ontem, por exemplo, o superintendente da Sudesb, Raimundo Nonato, o Bobô, ao desmentir alerta feito pelo MP sobre os riscos ao estádio, lembrou de medidas tomadas para ajustar a Fonte Nova ao Estatuto do Torcedor.

Entre elas, estavam a melhoria dos serviços internos no estádio, a exemplo da “revisão dos vestiários, banheiros e tribunas de honra”, citados ingenuamente por Wagner como preparativos executados para uma eliminitória. Uma catástrofe!

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